domingo, 20 de fevereiro de 2011

Teatro Popular

O Teatro em Carne e Osso marcou presença no workshop Arte e Teatro Popular do Brasil Profundo, ministrado pelo diretor Gabriel Villela, no Espaço Cultural Vivo.
A possibilidade de transformar grandes clássicos em obras populares, como fez o Grupo Galpão com Romeu e Julieta, e como fazem outras Cias. com outros grandes textos, foi o que mais me interessou. A maneira como a história é contada e cantada, a leveza, as cores... Tudo isso transpassa o palco e entra em cada espectador, fazendo-o sorrir, se emocionar, e mergulhar na história que ele já conhece, mas que a cada instante traz uma novidade.
O desafio é transformar, aos olhos do público, o que parece vulgar, em nobre: Espetos de churrasco viram belas espadas, prato de brigadeiro vira coroa. Tudo é ressignificado. Nada é absoluto ou completo, o agora pode já não ser mais agora, o Aqui é lá em Jerusalem (mas daqui a pouco volta a ser aqui). A plateia é convidada a viajar e conhecer outros reinos, lugares que muitas vezes se assemelham ao que elas vivem, afim de que as pessoas possam olhar a história com outro ponto de vista, ou compará-la com seu tempo, ou apenas divertir.
O ator de teatro popular, que narra a sua história e que ao mesmo tempo é personagem (um ou mais) deve ter o trabalho de voz, de corpo, de atenção redobrada, pois tudo pode acontecer: a platéia se sente muito a vontade nesses espetáculos para interferirem nele, e o jogo (de cintura) e a brincadeira precisam estar sempre presentes.
Algumas referências que o Gabriel nos passou, para quem possa interessar:
- Bispo do Rosário; Adélia Prado; Cora Coralina.
Textos: A Rua da Amargura; Os sertões; Morte e vida Severina; Estrelas de couro: a estética do cangaço; Morte no sertão; História das lágrimas
Vídeos: A pedra do reino; Hoje é dia de Maria; Rainha Margô.

Meire Ramos

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